Diferentemente de um ano atrás, hoje não choveu. Na realidade o sol permaneceu durante o dia todo, o que também não acontecia desde a nossa última conversa. Irônico, não? 

  Senti-me reconfortada com isso. Estava temendo passar pelo dia de hoje, pois eu tinha certeza que choraria e lutaria contra os pensamentos que vem e permanecem,  aquelas lembranças que machucam e mesmo não sendo convidadas, se fazem presente. E elas vieram, mas vieram de mansinho, sem tanto rancor, sem tanto peso pelo passado. Só lembrei. 

  Confesso que ainda me pego pensando no que você anda fazendo, se está estudando para a prova de semana que vem, se já está com outra pessoa prometendo tudo que um dia prometeu para mim... Mas me controlo. Preciso seguir minha vida sem ter uma linha que me prenda a sua, pois é isso que tenho que encarar, nenhuma linha me prende a você mais. Não pense que não. Os meus sentimentos ainda estão aqui, mas, como você disse, talvez o amor não seja mesmo o suficiente.

  O que mais me conforta agora é comparar o tempo ali fora com o que estou passando aqui, bem aqui dentro, e perceber que estamos em perfeita sintonia. 
Depois de dias nublados, o sol finalmente apareceu em mim.  

(10/07/2015)

Depois da despedida...

   E então você se doa. Se doa tendo a certeza que "agora vai", "dessa vez é pra valer", "ele não vai desistir de mim" e...  Acontece de novo. Novamente o fim chegou e por mais que já tenha passado por situações parecidas, nada se compara. Tantos sonhos, tantos planos, tantos carinhos... Tudo guardado no meu potinho (você lembra?).
 Memórias que martelam, saudade que incomoda, sentimentos bons que tento repetir baixinho que só fazem parte do passado, que nunca mais voltarão. E então me impulsiono para a queda.

Ando fingindo que sou forte, que estou bem e que posso sim ser feliz sem você.  Quem sabe eu acredito nessa farsa que eu mesma criei? Quem sabe essa ilusão se torna real? 

   O  fato é que agora, depois da despedida, estou tão perdida... Me tira desse escuro!  Procura-me, me diz que sou importante, que foi só um momento de recaída. Diz que eu sou a mulher da sua vida, a mãe dos seus 5 filhos. Diz que me ama e prova isso.
Afinal, acho que nunca pedi muito de você e acredito que não esteja pedindo tanto agora. Só quero que tudo volte ao seu devido lugar e que você volte para mim. Pois foi tudo muito rápido. De noite eu era sua, de dia você partiu. Mas mal sabe você que continuo sendo sua. Que continuo sendo a romântica de sempre, achando que de uma hora para outra você vai falar comigo que a saudade sufocou, que foi uma atitude incoerente e que se arrepende de não ter cumprido o trato, se arrepende de ter terminado comigo.

   É que eu já sofri tanto, você sabe. E eu achava que você seria meu Merthiolate, que seria diferente de todos os outros.
Agora tenho que tomar cuidado para que o meu sofrimento não se torne ódio e não seja canalizado de volta para você. Por que agora eu te culpo tanto... Mas tenho que perceber que “depois da despedida só fica o eco do adeus.”

(Dia 07/07/2015)

Muitos motivos para um começo

Agora só sinto a nostalgia me abraçando. Parece que estou voltando no tempo (em outubro de 2011, sendo mais precisa) quando escrevia pela primeira vez no blog que tinha feito com meu melhor amigo.
Diferentemente do antigo, não pretendo divulgar essa página... Só quero passar para o computador, de uma forma bem organizada, tudo que está acontecendo bem aqui dentro.
  Mas como nosso passado nos constrói também, vou colocar os textos antigos para que não se percam por ai.

     Nesse espaço só desejo que minhas palavras sejam intemporais. 

"Uma breve emoção me tocou nesse exato momento. Criar um blog me dá a sensação de ter uma maior responsabilidade sobre meu pensar, meu ser e estar.

Daqui em diante, deixo meu coração aberto para quem quiser decifrá-lo e mesmo que as perguntas me atormentem, buscarei respostas para cada uma delas aqui."

Postado por Letícia Ferrari às 12:50 

http://voicingourfeelings.blogspot.com.br/2011/10/sem-motivos-para-um-comeco.html